HISTÓRIA DA BÍBLIA

A Bíblia, um livro que tem continuado vivo através dos séculos e indispensável aos Servos do Rei, é o tema deste comentário.

O termo Bíblia tem origem no grego "Biblos" e somente foi usado a partir do ano 200 d.C. pelos cristãos é um livro singular, inspirado por Deus, diversos Escribas, Sacerdotes, Reis, Profetas e Poetas (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21) a escreveram, num período aproximado de 1.500 anos, foram mais de 40 pessoas e notadamente vê-se a mão de Deus na sua unidade. Estes textos foram copiados e recopiados de geração para geração em diversos idiomas, tais como: Hebraico, Aramaico e grego; até chegar a nós.
Verificou-se através do Método Textual, que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais, é certamente uma obra divina, levando em consideração os milhares de anos entre a escrita e nossos dias. As partes mais antigas das Escrituras encontradas são um pergaminho de Isaías em hebraico do segundo século a.C., descoberto em 1947 nas cavernas do Mar Morto e um pequeno papiro contendo parte do Livro de João 18.31-33,37,38 datados do segundo século d.C.


Divisão em Capítulos:
A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de "citações" o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 d.C. a dividiu em capítulos.


Divisão em Versículos:
Até o ano de 1551 d.C. não existia a divisão denominada versículo. Neste ano o Sr. Robert Stephanus chegou a conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versículos.
Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras.
O povo de língua portuguesa só começaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de 1748 d.C., quando foi impressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da "Vulgata Latina".
É composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproximadamente 3.600.000 letras. Gasta-se em média 50 horas (38 VT e 12 NT) para lê-la ininterruptamente ou pode-se lê-la em um ano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou ainda, 100 por mês em média.
Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares!


Encontra-se nas livrarias com facilidade as seguintes versões em português: Revista Corrigida; Revista Atualizada; Contemporânea; Nova Tradução na Linguagem de Hoje; Viva; Jerusalém e NVI - Nova Versão Internacional.


O segundo domingo de Dezembro, comemora-se o Dia Nacional da Bíblia, aprovado pelo Congresso.


Detalhes:
ANTIGO TESTAMENTO 
39 Livros
929 Capítulos
29.314 Versículos
Escrito em Hebraico
Menor Verso – Êxodo 20: 13
Maior Verso – Ester 8: 9
Mensagem – Jesus Virá
DIVISÕES:
Pentateuco – 5 Livros
Históricos – 12 Livros
Poéticos – 5 Livros
Profetas Maiores – 5 Livros
Profetas Menores – 12 Livros

NOVO TESTAMENTO
27 Livros
260 Capítulos
7.559 Versículos
Escrito em Grego
Menor Verso – João 11: 35
Maior Verso – Apocalipse 20: 4
Mensagem – Jesus JÁ Veio
DIVISÕES:
Biográficos – 4 Livros
Histórico – 1 Livro
Epístolas de Paulo – 13 Livros
Epístolas Gerais – 8 Livros
Profético – 1 Livro


Sua primeira tradução foi na língua grega, cerca de 300 anos antes de Cristo. Essa tradução foi feita por 70 sábios de Alexandria, Egito, onde muitos judeus haviam se estabelecido, daí essa tradução chamar-se Septuaginta. A essa tradução sucederam-se outras em aramaico e latim.


A Língua Aramaica resultou da mistura da língua dos sírios e de outros povos que invadiram a Palestina na época do exílio, na Babilônia. - Os Judeus quando voltaram, aceitaram a língua e esta se tornou a língua de toda a Palestina, de Jesus e de seus apóstolos.


A mais célebre tradução do Antigo Testamento foi a Vulgata, feita por Jerônimo, cerca de 400 anos Depois de Cristo. - Esta serviu de base para as principais versões saxônicas, inglesas e portuguesas.


O Novo Testamento foi escrito em grego.


Supõe-se que o primeiro Livro a ser escrito tenha sido a Carta aos Tessalonicenses.


No princípio, o Evangelho era transmitido oralmente, depois os apóstolos começaram a escrever pequenos trechos que formaram os elementos básicos dos três primeiros Evangelhos.


O mais importante Manuscrito que temos é o CODEX VATICANUS, que data do 4º século d.C. e leva esse nome por pertencer à Biblioteca do Vaticano.


O primeiro Novo Testamento foi impresso em 1516 por Erasmo.


A primeira versão em Português foi a de João Ferreira de Almeida em 1691.


Os livros que aceitamos como verdadeiros são chamados Canônicos. Os não-inspirados são chamados Apócrifos.


Nestes séculos a Palavra de Deus foi escrita em diversos materiais, vejamos os principais:


Pedra
Inscrições encontradas no Egito e Babilônia datados de 850 aC.  Sua superfície mais lisa ou tosca poderia ser coberta com uma camada de emboço, antes de ser feita a inscrição, como acontecia no Egito e sobre altares de pedra. Tabletes de pedra eram utilizados para textos reais, comemorativos ou religiosos, ou ainda para cópias públicas de editos legais como, por exemplo, o Código de Hamurabi. Aparentemente mediam por volt de 45 cm de comprimento por 30 cm de largura e eram utilizados para registrar, por exemplo, os Dez Mandamentos  (Êxodo 24.12). A palavra tábua provavelmente descreve a forma retangular e não o tipo de material utilizado.


Argila e Cerâmica
Milhares de tabletes encontrados na Ásia e Babilônia.


Madeira
Usada por muitos séculos pelos gregos.


Couro
O AT possivelmente foi escrito em couro. Os rolos tinham entre 26 a 70 cm de altura.


Papiro
O NT provavelmente foi escrito sobre este material, feito de fibras vegetais prensadas. É uma espécie de papel rudimentar, feito de folhas extraídas de uma planta originária do Rio Nilo, que tem o mesmo nome, e uma vez prensada servia como um tipo de papel. Mais tarde, esta técnica aprimorou-se e apareceram os rolos de papiro. Sua utilização não é mencionada diretamente no Antigo Testamento, embora seja comprovada sua utilização, desde o século XI a.C, na Fenícia, na Assíria e Babilônia desde o século VII a.C., e no Egito em todos os períodos. Entre os achados de 1947 nas cavernas de Qumram foram encontrados  papiros pertencentes ao século II a.C.


Velino ou Pergaminho
Velino era preparado originalmente com a pele de bezerro ou antílope, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino, largamente usado a centenas de anos antes de Cristo. O Pergaminho  é empregado na forma de rolo desde o século XVII a.C. Era feito de couro de animal curtido até ficar bem macio e era deixado numa espécie de cal para que ficasse branco, servindo como papel. Media uns 7 metros de comprimento. Quando colados ou costurados, chegavam a medir até 20 metros. Peles de cabras e ovelhas podiam ser facilmente obtidas pelos israelitas e o uso que faziam desse material,  para cópias posteriores de textos bíblicos, comprova que já o usavam desde tempos remotos.


O  livro, no Antigo Testamento, tinha forma usual de rolo, feito de papiro ou pergaminho e o texto era escrito por dentro, podendo continuar no verso. Por volta do século II d.C., o rolo começou a ser substituído pelo códice, uma coleção de folhas  de material de escrita dobradas e costuradas em uma extremidade, freqüentemente protegidas por capas. Este  caderno de papiros ou pergaminhos era largamente usado nas comunidades cristãs para registrar textos do Antigo e Novo Testamentos.


Papel
Forma amplamente utilizada hoje.


CD
Áudio


CD – Room
Para computadores, é a forma mais recente.


On – line
Via internet.


A Bíblia como escritura, aparece mais tarde na História, porém, como mensagem oral, é muito antiga. A oralidade é a forma de narrar ou contar algum feito, muito usada pelos israelitas nos primeiros séculos de sua existência como nação; a palavra era muito significativa e se tornara, posteriormente, o que hoje chamamos de livro.


Os manuscritos
Os manuscritos existentes podem ser divididos da seguinte maneira:


1) Manuscritos hebraicos do Antigo Testamento: Os mais antigos têm data de 100-150 a.C e foram encontrados nas cavernas de Qumram no ano de 1947, os quais trouxeram valiosos testemunhos para os escritos bíblicos.


2) Manuscritos Gregos do Novo Testamento: Os mais antigos têm data do terceiro século d.C.


3) Manuscritos Gregos do Antigo Testamento: Conhecidos como a  Septuaginta, ou a versão dos LXX  foram traduzidos do hebraico  por volta de 277 a.C. Também são datados do quarto século.


4) Antigas traduções da Bíblia: Em Siríaco, Latim, Alemão e outros idiomas de várias datas.


Não se pode negar a dívida de gratidão que temos para com os judeus pelo extremo cuidado na preparação e preservação dos manuscritos do Antigo Testamento e pelas regras que eles exigiam de cada escriba, algumas das quais são:  o pergaminho tinha de ser feito da pele de animais limpos; não somente as palavras, mas cada letra deveria ser contada e destruída logo em seguida e caso, a folha contivesse erro.


Cada cópia deveria ser feita de um manuscrito autêntico e com tinta negra preparada de maneira especial. Pronunciavam cada palavra em voz alta antes de escrevê-la; em caso algum podiam escrever de memória. Os escribas precisavam limpar suas canetas antes de escrever o nome de Deus e banhar o corpo inteiro antes de escrever a palavra Jeová.


Em vista deste cuidado extremo da parte dos judeus para preservar perfeitas as Escrituras Sagradas, podemos ter plena confiança de que Deus tem guardado Sua palavra durante os séculos, desde 1500 a.C., quando Moisés escreveu as primeiras leis (ex 24.4) até o último escrito de João (cerca de 100 d.C). Os manuscritos do Novo Testamento também foram copiados, com muito cuidado pelos cristãos dos primeiros séculos.


A Bíblia possui quarenta escritores, entre os quais reis, príncipes, poetas, filósofos, profetas e estadistas. Oriundos de diversas classes sociais, alguns eram instruídos em todos os estudos da época, enquanto outros eram pescadores sem cultura. Apesar de possuir vários escritores de classes diferentes, instruções diferentes, de tempos diferentes ela não se contradiz em nenhum momento, pois havia um único cérebro comandando e inspirando seus escritores que foi Deus o único autor da Bíblia.


As Escrituras Sagradas, como um todo, são verbalmente inspiradas por Deus, portanto, infalíveis e única regra de fé e conduta do cristão na face da terra.


Por maiores que sejam nossos conhecimentos intelectuais, científicos, filosóficos e históricos, a Bíblia está acima de todos, e nada a pode substituir.


A inspiração divina é o que faz a diferenciação da Bíblia em relação aos demais livros: é o mais vendido, o mais lido, o mais traduzido, o mais antigo e, entretanto, o mais atual.


A razão humana, a Igreja e a Palavra de Deus são os três tipos básicos de autoridade religiosa, nesses tempos modernos.


Atualmente, a razão humana, talvez, tem se destacado como a principal forma de autoridade. Precisamos agir com razão e intelecto, mas quando isso digladia a autoridade da Palavra, torna-se racionalismo, e não podemos querer que nossa vida seja regida por autoridade racionalista humana, mas sim pelo próprio Deus.


É claro que neste artigo não temos a pretensão de nos aprofundar na História da Bíblia nem em sua divisão dos seus 66 Livros. Sendo 39 do antigo testamento e 27 do Novo Testamento; sem contarmos é claro com os Livros Apócrifos (não canônicos), como por exemplo: Tobias, Judite, Livros de Macabeus. Nosso desejo é dar uma tênue idéia da sua Origem.


Inegavelmente o Senhor Deus queria que sua Palavra se perpetuasse pelos séculos e providenciou meio para isto acontecesse. É um fato que evidencia a sua credibilidade como Livro inspirado pelo Espírito Santo. Mas conhecer dados históricos não o aproxima do Senhor e tão pouco abre seus ouvidos para a voz do Espírito que revela a Palavra. Isto apenas enriquece-nos intelectualmente e é dispensável. O que realmente precisamos é estarmos aptos para ouvir o Espírito que flui através das páginas do Livro Sagrado e isto só acontece quando nos colocamos em santidade e abertos para o santo mover.




Referências:

Revista Comunhão Ano 4 nº 44 e Bíblia em Bytes (CD - Room)
Instituto Betel de Ensino superior
http://www.iceguaratingueta.com.br/Apostila%20-%20Bibliologia.pdf

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